São Paulo - O Palmeiras fechou a temporada com a maior arrecadação entre os 128 clubes das Séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro, segundo levantamento do Sr. Goool. Para se ter uma ideia, o Alviverde acumulou quase o dobro da renda líquida do vice-líder. Sem falar que a média do montante do Verdão é superior a arrecadação de 113 dos 128 clubes do ranking agrupado. (Clique na imagem abaixo e escolha a aba "renda líquida" para ter o ranking completo, agrupado e exclusivo do Sr. Goool!)

Em 19 partidas como mandante, o campeão da Série A embolsou - só com bilheteria - a bagatela de R$ 31.243.075,23. Como comparação, o rival Corinthians colocou em seus cofres "apenas" R$ 16.984.138,15. Detalhe: o Timão foi recordista de renda líquida no ano passado, defendia o título nesta edição e ainda conta com o estádio da abertura da Copa do Mundo. Vantagens que não fizeram a diferença em 2016.

Só os quatro primeiros colocados do ranking agrupado conseguiram renda superior a R$ 10 milhões. Os outros afortunados foram Flamengo (R$ 11.154.529,25) e Grêmio (10.655.557,91). A façanha do Palmeiras não acaba no montante total. Pelo contrário. A média de renda líquida do Verdão é superior - pasmem! - ao montante total de 113 clubes das Séries A, B, C e D. A cada partida em casa, o Palmeiras faturou, em média, R$ 1.644.372,38. Só os primeiros 15 colocados arrecadaram mais do que a média alviverde.

Ainda milionários...
Neste Top 15 há dois clubes da Série B ao lado dos outros 13 da Série A. O Bahia ocupa a honrosa 8ª colocação com renda de R$ 2.949.591,70. Ao contrário do Bahia, o Náutico não conquistou o acesso e, mesmo assim, obteve a 11ª maior arrecadação do país (R$ 2.103.594,17). Ao todo, 22 clubes amealharam mais de R$ 1 milhão com bilheteria.

O melhor clube da Série C está nesta lista. O Fortaleza, apesar de ter ficado sem o acesso, faturou R$ 1.578.540,18. Uma posição abaixo, no 17º lugar, aparece o Remo - outro clube sem acesso -, mas com renda milionária (R$ 1.445.329,62). Já o CSA, melhor representante da Série D, conseguiu juntar R$ 879.424,78.

Entre os 80 clubes com saldo positivo há dois com renda inferior a R$ 100,00. O acreano Rio Branco realizou três jogos em casa na Série D e a renda líquida final foi de R$ 74,92. Já o Novo Hamburgo, com as mesmas três partidas como mandante no último escalão nacional, embolsou R$ 15,50. Todos os outros 48 clubes ficaram no vermelho.

No vermelho...
Entre os deficitários há dois clubes da Série A, três da Série B, sete da Série C e 36 da Série D. As três últimas colocações são da Série B. O Paraná amarga a lanterna com déficit de quase meio milhão de reais (R$ - 417.485,22). Os paulistas Oeste (R$ - 366.421,98) e Bragantino (R$ - 301.370,62) também pagaram para jogar.

A lista ainda conta com algumas surpresas. Campeão da Série C, o Boa Esporte amarga a 119ª colocação no ranking agrupado com dívida de R$ - 75.361,72. A cada jogo, o clube de Varginha - em média - ficava R$ - 6.280,14 mais pobre. Dono da 4ª melhor campanha do Brasileirão, o Atlético Mineiro também terminou com dívida (R$ - 214.138,96). Grandes ou pequenos, campeões ou rebaixados, clubes brasileiros abraçados em dívidas.

A arrecadação por divisão mostra a diferença entre a Série A e os outros escalões nacionais. A elite nacional terminou com renda líquida de R$ 115.825.367,71. Já o montante gerado pelos 20 clubes da Série B ficou em R$ 12.547.403,32. Mesmo esta renda sendo modesta em comparação a Série A, supera com folga as Séries C e D. A arrecadação da Série C foi de R$ 5.450.834,35, contra apenas R$ 2.063.786,13 da Série D.