São Paulo - Como se não bastasse a ausência do tal legado da Copa do Mundo, as tão faladas Arenas também foram chutadas para fora do futebol brasileiro. De acordo com o levantamento do Sr. Goool, quatro estádios que foram palcos do Mundial ainda não receberam sequer uma partida pelos Campeonatos Estaduais 2015. As outras Arenas não passam de coadjuvantes neste início de temporada.

O alto custo das Arenas tem espantado os endividados clubes brasileiros que não desejam arcar com mais esta despesa. A diretoria do Nacional, por exemplo, desistiu de mandar o clássico contra o Rio Negro pelo Campeonato Amazonense na Arena da Amazônia. O Rio-Nal acontecerá no modesto Ismael Benigno (Colina), em Manaus. A Arena da Amazônia, intitulada Elefante Branco antes mesmo de ser construída, é um dos estádios sem jogos pelos Estaduais.

O mesmo acontece com o Mané Garrincha. E no Distrito Federal há ainda uma enxurrada de estádios sem laudos técnicos. Para se ter uma ideia, 20 dos 34 jogos foram com os portões fechados. O Bezerrão, no Gama, tem recebido as partidas com público. Enquanto isso, o Mané Garrincha apodrece na capital do chamado país do futebol.

A Arena Fonte Nova também foi trocada pelo Bahia. No Campeonato Baiano, a casa do Tricolor é o Pituaçu. O estádio até recebeu um jogo pela Copa do Nordeste, mas neste levantamento, o Sr. Goool considerou apenas os Estaduais. O mesmo acontece com o Castelão, inutilizado por Ceará e Fortaleza no Cearense. O Presidente Vargas tem sido o palco do Vozão e do Leão.

Figurantes!
As outras Arenas, apesar de receberem jogos, também não são os palcos principais dos Estaduais. O Sr. Goool mostrou ao longo da semana que o estádio mais utilizado no Cariocão não é o Maracanã e, sim, o Raulino de Oliveira. No próximo domingo, Fluminense e Vasco farão o clássico no Engenhão. O Maraca, até aqui, recebeu quatro partidas e ostenta média de apenas 14.280 pagantes. Só 57.118 torcedores passaram pelo palco da final da Copa do Mundo em 2015.

Já a Arena Corinthians, que recebeu a abertura do Mundial, teve dois jogos no Paulistão. A média de público, porém, é animadora (26.321). O total de pagantes chega a 52.642. O estádio paulista ainda recebeu outros dois jogos pela Libertadores.

Beira-Rio e Arena da Baixada, estádios com donos, foram palcos para dois jogos pelos Estaduais. A média de público do estádio gaúcho é de 10.137 colorados, enquanto a casa rubro-negra tem média de 8.155 atleticanos. Enquanto isso, o Mineirão teve apenas um jogo do Cruzeiro pelo Estadual (10.648). O mesmo aconteceu na Arena das Dunas (3.162).

A Arena Pernambuco, por sua vez, acumula três jogos e média de 6.377 pagantes. Por fim, a Arena Pantanal, em Cuiabá, contabiliza seis jogos no Mato-grossense. Mas em duas oportunidades ocorreram rodada dupla. A média de público também decepciona (2.551). Arenas de Copa do Mundo, mas nas mãos de brasileiros não passam de monumentos sucateados.