São Paulo - O Santos é da cidade homônima de 434.359 pessoas e distante 77 km de São Paulo. A capital, por sua vez, já conta com mais de 12 milhões de habitantes. Não por acaso, a terra da garoa costuma dar mais público ao Peixe através do Pacaembu do que a própria Vila Belmiro. E não pense que o tamanho dos dois estádios é o único fator responsável pela diferença na média de público, como mostrará o Sr. Goool nesta quinta-feira. Enquanto o palco paulistano acomoda 37.730 torcedores, o estádio da Baixada Santista garante capacidade a 16.068 fãs.

Há 17 jogos sem perder como mandante no Pacaembu, o Santos ostenta média de 17.293 pagantes no estádio de São Paulo. O público total chega perto dos 300 mil espectadores (293.992). A última derrota do Peixe no Pacaembu foi no longínquo 10 de fevereiro de 2013, quando caiu ante o Paulista, por 3 a 1, pela 7ª rodada do Estadual. De lá para cá foram 16 vitórias e um empate.

Nesse período, o Santos realizou sete vezes mais partidas na Vila Belmiro, mas obteve a metade de público conquistada no Pacaembu. Nos 123 jogos na casa santista desde fevereiro de 2013, o Peixe arrastou 1.003.532 apaixonados, mas garantiu média modesta de 8.158 fanáticos. E olha que nesses últimos anos, o Santos foi bicampeão paulista, chegou outra vez na final do Estadual, foi vice na Copa do Brasil e disputou Brasileirão e Libertadores. Nada, porém, adiantou para elevar a média na Vila mais famosa do país.

Mandante e visitante!
Há ainda outra forma de olhar a relação do Santos com o Pacaembu. Levando em conta jogos como mandante e visitante, o Peixe não perde no estádio paulistano há 18 embates, desde a final do Paulistão 2014, quando caiu frente ao Ituano (1 a 0), em 6 de abril. Nesse intervalo de tempo, o retrospecto é completamente positivo com 18 vitórias, sendo 14 como mandante e quatro como visitante.

Nas arquibancadas, as 14 partidas registraram público total de 262.385 aficionados e média de 18.741 pagantes. Ainda houve um amistoso contra o Kénitra, do Marrocos. Caso a diretoria do Santos queira contabilizar esta partida, a média fica em 18.514 fãs. Falando nos dirigentes santistas, o Sr. Goool entrou em contato com a assessoria do clube que recusou-se a responder as questões. Tentamos descobrir os motivos para a diretoria do Santos não levar mais partidas ao Pacaembu, ou a avaliação dos dirigentes sobre as médias de público nos dois estádios e também a quantidade de sócios do clube em Santos e em São Paulo. Tudo em vão.

Hoje, o Santos tem média de apenas 6.473 testemunhas no Brasileirão e amarga o 16º lugar. Se fosse no Pacaembu, o Peixe apresentaria média de 17 mil pagantes e estaria, ao menos, na 8ª colocação. Sem falar que a média na temporada, de 11.004 apaixonados, poderia saltar consideravelmente com mais partidas na capital.

Arrecadação!
E não é só arquibancadas vazias. O Santos também deixa de arrecadar. A temporada de 2016, entre os anos mais recentes, foi aquela que o Peixe mais mandou jogos no Pacaembu. Foram cinco partidas e arrecadação de R$ 980.503,97. No ano passado, a Vila Belmiro recebeu 28 confrontos e arrecadou R$ 3.163.060,08. Em uma conta bem simples, a média de renda líquida no Pacaembu (196.100,79) multiplicada por 28 deixaria o Santos com mais de R$ 2 milhões em comparação aos 28 jogos na Vila Belmiro.

Enquanto a diretoria do Santos não manifesta-se ou dá satisfação ao torcedor da capital, o clube prepara-se para encarar o rival Corinthians, em São Paulo, neste sábado, às 19 horas. Na rodada seguinte, o Peixe poderá medir sua força no Pacaembu, uma vez que mandará seu jogo na capital contra o Botafogo em 7 de junho, às 21 horas.