São Paulo - A Seleção Boliviana é o saco de pancadas na América do Sul. Os clubes daquele país também não costumam se dar bem na Libertadores. Ainda assim, o The Strongest eliminou o Atlético Paranaense, na última terça-feira, ao vencer, por 2 a 1, em casa. A classificação do clube boliviano às oitavas-de-final encerra jejum de 20 anos.

Desde 1994, o The Strongest não chegava ao mata-mata do torneio mais importante da América do Sul. Naquela oportunidade, os três primeiros colocados de cada grupo se classificavam para as oitavas-de-final. O The Strongest ficou com a vice-liderança do Grupo 5 que ainda tinha Bolívar-BOL, Minerven-VEN e Marítimo-VEN.

Nas oitavas-de-final, porém, o Tigre - como o The Strongest é conhecido por seus torcedores - voltou a enfrentar o Bolívar e acabou eliminado ao ser derrotado em casa, por 2 a 1, e ser goleado na casa do adversário, por 4 a 0. O Bolívar, aliás, tinha sido o último representante na Bolívia a se classificar para as oitavas-de-final na Libertadores.

Em 2012, o Bolívar ficou na 2ª colocação do Grupo 3, abaixo do Unión Española-CHI. O grupo ainda contava com Junior-COL e Universidad Católica-CHI. Nas oitavas-de-final, o Bolívar até se animou com a vitória, por 2 a 1, em La Paz, sobre o Santos. Mas na Vila Belmiro, sem a altitude, o clube boliviano foi presa fácil e acabou goleado, por 8 a 0.

De 2005 para cá, quando a Libertadores adotou a atual fórmula de disputa, apenas nestas duas oportunidades a Bolívia contou com representantes no mata-mata. Outros países sem tanta tradição no futebol como Peru e Venezuela não tiveram tanta dificuldade quanto o país vizinho.

Classificado na vice-liderança do Grupo 1 com dez pontos, o The Strongest ainda aguardará o término de todos os jogos da rodada para conhecer seu adversário. Na Libertadores, o clube de melhor campanha pegará aquele que se classificar com o pior desempenho e assim sucessivamente, desde que o líder de um grupo não pegue o 1º colocado de outro.